Depois da saída de dois diretores adjuntos do SEF, no domingo, o PSD reiterou que é essencial perceber as razões das demissões no serviço.
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O deputado social-democrata Luís Marques Guedes, em declarações à TSF, sublinhou que há dois meses que o PSD tem vindo a pedir uma audição no Parlamento sobre a situação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), ainda antes das recentes demissões na direção do serviço.
Agora, considerou Marques Guedes, após a demissão da diretora, Luísa Maia Gonçalves, e do pedido de demissão dos diretores adjuntos, Joaquim Pedro Oliveira e António Carlos Patrício, é ainda mais necessário perceber o que se passa no SEF.
"É preciso conhecer as razões que estão por trás destas demissões, porque a acreditar que muito da perda de confiança tem que ver com a emissão de pareceres por parte da direção do SEF, então é preciso concluir que, para este Governo, confunde-se confiança política com domesticação", afirmou o deputado.
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Os dirigentes do SEF, acrescenta Marques Guedes, "não podem e não devem funcionar como a voz do dono. Não podem ser entendidos como uma extensão da política e das intenções do Governo". Marques Guedes referia-se à notícia do DN que dizia que havia um mal-estar com a ministra depois de o SEF dar parecer negativo ao projeto para simplificar a lei dos estrangeiros, proposta pelo PCP e BE.
Por estas razões, o deputado diz que "começa a ser exasperante" os sucessivos adiamentos e que o PSD vai insistir na audição urgente, no Parlamento, da ex-diretora do SEF, Luísa Maia Gonçalves, e da ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa.