A psicóloga clínica Maria Laureano assegura que não é difícil distinguir os dois fenómenos.
Corpo do artigo
"Quando estamos a falar de um pesadelo, a criança é capaz de descrever que teve um pesadelo, que ficou assustada e consegue até contar a história do pesadelo", explica a psicóloga Maria Laureano.
Já no terror noturno, a criança fica "inconsolável, agitada, é difícil controlar". "É quase como se estivesse um bocadinho alheada, não entra em contacto connosco da forma habitual (...), parece que a criança não nos está a ver", descreve.
A psicóloga sublinha que, nestes casos, deve acalmar-se a criança e deixá-la estar no sítio dela. "Falar calmamente com ela, dizer que está tudo bem, voltar a deitá-la se ela, se esta se tiver levantado, e permitir que o sono continue."
TSF\audio\2019\02\noticias\05\05_fevereiro_2019_tsf_pais_e_filhos
Maria Laureano explica que, muitas vezes, o que confunde os pais é o facto de as crianças estarem de olhos abertos e a gritar. Mas, nos terrores noturnos, a criança não está a dormir, está desperta. "Podem estar a proferir frases, mas não são coisas muito organizadas e os pais ficam muito assustados," conta a psicóloga especialista em sono.
Os terrores noturnos são comuns entre os 3 e os 5 anos, mas se os episódios se repetirem muitas vezes ou se manifestarem de forma violenta pode justificar-se a consulta de um especialista.