Nos cosméticos, nos cotonetes, nos produtos menos "suspeitos", também há plástico. Por isso, até perto da Páscoa, a Quercus desafia os portugueses a não usarem produtos descartáveis.
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A associação ambientalista Quercus associa-se a uma campanha europeia que começou no dia 14 de fevereiro e tem por objetivo a sensibilização para o problema do uso excessivo de plástico.
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Carmen Lima, coordenadora da Quercus para a área dos resíduos, afirma que está em causa muito mais do que apenas os sacos de plástico. O desafio é viver 40 dias sem sacos de plástico, naturalmente, mas também palhinhas, pratos, talheres, copos ou cotonetes descartáveis. "Não nos apercebemos que vamos exageradamente abusando deles e o certo é que, no fim do ano, só em palhinhas, usamos o suficiente para dar a volta ao mundo cinco vezes".
A ambientalista explica que "os cosméticos têm esferas minúsculas de plástico, principalmente os esfoliantes ou as pastas de dentes", que acabam, muitas vezes, nos rios e nos mares, e servem de alimento a muitas espécies marinhas.
Mas como saber se compramos, por exemplo, uma pasta de dentes que contém plástico? A tarefa não é fácil, mas a Quercus promete ajudar, publicando na internet vários "links" que ajudem a identificar os produtos a evitar.
Os ambientalistas consideram também que o pagamento dos sacos dos hipermercados foi um primeiro passo, mas essa obrigatoriedade deve ser alargada a todos os sacos, de todas as lojas.
Carmen Lima recorda que a lei se aplica apenas aos chamados sacos leves, que não são utilizados na maioria do restante comércio. Aí, os sacos continuam a ser oferecidos e "a pessoa acaba por aceitar aquele saco, e mesmo que vá mais do que uma vez à loja, nunca o leva de casa".
Estes "40 dias sem plástico" terminam a 25 de março, uma semana antes da Páscoa.