Quase um ano depois dos incêndios, ainda há pontos a arder em Castelo de Paiva
Nas minas do Pejão há ainda um ponto em que o fogo não se apagou.
Corpo do artigo
Os incêndios em Castelo de Paiva ocorreram há quase um ano, mas ainda há um foco de combustão - ainda que lenta - no terreno. Estes focos começaram por ser três e o único que resta situa-se nas antigas minas do Pejão.
A Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) que é responsável pelo terreno ainda não conseguiu resolver totalmente o problema, mas já informou a câmara municipal que, esta quinta-feira, começa uma nova fase de intervenção.
A TSF ouviu Carlos Caxaria, presidente do Colégio de Engenharia Geológica e de Minas acerca destes pontos de combustão, "se calhar mais difíceis" de apagar que um fogo florestal ou "um monte de pneus".
"Vai corroendo devagarinho, vai avançando, o fumo vai saindo por um sítio, mas o fogo pode não estar aí", explica Carlos Caxaria. "É preciso remover a escombreira e atingir o locar de maior profundidade", um cenário muito "imprevisível", sendo depois necessário ter a certeza de que o ponto atingido estava realmente a arder, que foi apagado e que não há mais nenhum local a arder.
"É um processo demorado, de muito cuidado, e se não for bem feito é quase como gastar dinheiro para nada", conclui.
Com os trabalhos que vão ser iniciados esta quinta-feira, a EDM espera conseguir resolver de forma definitiva este problema.
Os focos de combustão nas escombreiras foram provocados pelo grande incêndio que assolou o concelho de Castelo de Paiva em outubro do ano passado. Durante vários meses observavam-se no local emissões poluentes, o que preocupava a população das redondezas.