Católicos, protestantes e ortodoxos uniram-se para tornar o mundo mais "verde". O projeto "Igreja Verde" visa distinguir as paróquias que contribuem para a sustentabilidade do ambiente.
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Católicos, protestantes e ortodoxos uniram-se para criar uma "Igreja Verde". O objetivo visa aquilo a que os promotores chamam de "conversão ecológica".
A Igreja Verde tem, desde esta quinta-feira, uma página na internet, onde cada paróquia pode fazer o seu "eco-diagnóstico", preenchendo um formulário que vai determinar se pode receber o "selo verde".
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O questionário tem mais de 80 perguntas que vão do domínio espiritual a questões mais práticas.
As perguntas são variadas: desde se a missa e a catequese têm referências a ecologia ou se o respeito pela criação é um motivo de oração na comunidade.
São também feitas questões mais concretas às paróquias, tais como as metas de diminuição das emissões de carbono que terá estabelecido, se vigiam o consumo energético, se usam lampas ecológicas ou se o papel nas casas de banho é reciclado.
Há ainda perguntas relativas à influência de cada paróquia na comunidade, que passam pela sensibilização dos fiéis para usar a bicicleta em vez do carro ou se espalham a palavra da reciclagem.
Mediante as respostas dadas, a igreja pode (ou não) ser certificada. Até ao momento, 16 paróquias já receberam o "selo verde" e há outras nove que devem receber a distinção brevemente.
A iniciativa foi lançada depois da cimeira de onde saiu o Acordo de Paris e da encíclica do Papa que elege a ecologia como um assunto forte. O objetivo é a conversão ecológica da Igreja, que defende que os cristãos devem tomar consciência e lutar por um mundo mais justo e ecológico, que garanta a sobrevivência da humanidade.
A organização lembra que Deus confiou aos Homens o que criou e que cabe aos Homens proteger a Criação.