A associação ambientalista congratula-se com a decisão do Governo de cancelar a construção das barragens do Alvito e de Girabolhos e de suspende por 3 anos a Barragem do Fridão.
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Foi também estabelecido um regime de caudais ecológicos e a demolição de 8 infraestruturas hidráulicas a reavaliação do Plano de Mini-hídricas, ações fundamentais para melhorar a qualidade dos nossos rios e para o cumprimento da diretiva europeia da água.
Em declarações à TSF, Samuel Infante, da Quercus, diz que Portugal tem outras formas de energias alternativas e afirma que este é um sinal muito positivo para o país.
O Governo anunciou hoje o cancelamento da construção das barragens do Alvito, no rio Tejo, que abrange os concelhos de Castelo Branco e Vila Velha de Ródão, e de Girabolhos, no rio Mondego, no concelho de Mangualde, enquanto a construção da barragem do Fridão, no rio Tâmega, no concelho de Amarante, foi suspensa por três anos.
O fim da construção da barragem do Alvito, que já vinha do anterior Governo, foi agora reconfirmado pelo Governo do PS.
Ainda assim, a Quercus considera insuficientes as medidas anunciadas pelo executivo e reclama um novo estudo de Impacte ambiental para as barragens da Cascata do Tâmega, cuja construção o o governo decidiu manter.
A Quercus alerta que a Declaração de Impacte Ambiental tem seis anos desde que foi emitida e que será necessário promover novo processo de Avaliação de Impacto Ambiental.
"Com efeito, os estudos que deram origem às Declarações de Impacte Ambiental de 2010 estão totalmente ultrapassados pois houve alterações significativas no território e na distribuição e dinâmica das populações de lobo-ibérico. Só no período 2011-2013, segundo fontes do ICNF, arderam nos municípios afetados por estas barragens mais de 29.000 hectares. Esta alteração significativa da vegetação, paisagem e ecossistemas têm, obviamente, um forte impacte nas dinâmicas das populações de lobo-ibérico, que não está contemplado na DIA publicada em 2010 por esta ser anterior aos incêndios".
A Quercus afirma que continuará a lutar pela não construção das barragens das Cascatas do Tâmega, e considera que o problema do pagamento das indemnizações à Iberdrola, alegado pelo governo, poderá ser resolvido com verbas provenientes do Custos de Interesse Económico Geral.