Carlos Martins, secretário de Estado do Ambiente, diz que o acordo é "equilibrado" e que Portugal tem trabalho pela frente em várias áreas. As instituições europeias dizem que "depois de tantos anos de esforços sem tréguas esta é uma grande vitória para a Europa".
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Pelo governo português quem reagiu à assinatura foi o secretário de Estado do Ambiente. Carlos Martins afirma à TSF que para Portugal "o peso deste compromisso será mais significativo na área da energia [...] na área da mobilidade sustentável temos também muita coisa a fazer [...] e na habitação e reabilitação urbana".
Carlos Martins, afirma ainda que o acordo "equilibrado e e que "é considerado um caso de sucesso. Todos os países da União Europeia ficaram muito satisfeitos com o sucesso das negociações e com os progressos que foram alcançados".
Minutos após o anúncio do acordo, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou no Twitter: "Isto é enorme: quase todos os países do mundo acabam de subscrever o acordo de Paris sobre alterações climáticas - graças à liderança norte-americana".
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Uma declaração que acabou por ser retirada. A Casa Branca diz que não foi Obama quem escreveu o tweet.
Laurent Fabius, ministro dos negócios estrangeiros francês e presidente da mesa nesta conferência das Nações Unidas para o clima onde foi alcançado o primeiro acordo universal sobre a luta contra as alterações climáticas, ainda não falou. Usou, no entanto, o Twitter para dar conta de que os trabalhos tiveram sucesso.
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A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21) aprovou um acordo global vinculativo em que 195 países, tanto desenvolvidos como em desenvolvimento, se comprometem a caminhar para uma economia de baixo carbono e tomarem medidas para limitarem o aquecimento global da atmosfera até 2100 a 1,5 graus celsius, em relação aos valores médios da era pré-industrial.
Ainda nas reações, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, considerou o acordo um "enorme passo para assegurar o futuro do planeta". O acordo universal "significa que todo o mundo o assinou para assumir a sua parte na luta contra as alterações climáticas", afirmou o chefe do governo de Londres. Hoje é "um momento para recordar", acrescentou Cameron, que salientou a ambição e a unidade demonstradas pelo mundo na reunião de Paris.
A nação mais poluidora do mundo também se congratula com o documento. O enviado especial para as Alterações Climáticas da China, Xie Zhenhua, afirmou que "a China felicita todos os países por este acordo, que não é perfeito, tem partes em que pode ser melhorado, mas permite-nos avançar para responder ao desafio das alterações climáticas". Numa intervenção no plenário da COP21 o representante chinês considerou que "acabámos de escolher o caminho certo para o bem das gerações futuras".
Já os principais representantes das instituições da União Europeia comemoram um marco histórico que "dá esperança e futuro".
"Um acordo histórico! Depois de tantos anos de esforços sem tréguas esta é uma grande vitória para a Europa", afirmou o comissário europeu de Ação para o Clima e Energia, Miguel Arias Cañete, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmou na mesma rede: "Há um mês, Paris foi testemunho do terror e do ódio. Hoje a comunidade internacional alcançou, na COP21, um acordo sobre o clima que dá esperança e futuro".
Representantes de 195 países e da UE estiveram em Paris duas semanas a negociar um acordo global para a redução das emissões de gases com efeito de estufa, de modo a limitar o aumento da temperatura média do planeta e evitar os fenómenos extremos, como ondas de calor, secas, cheias ou subida do nível do mar.