As armas estavam em Espanha e em Portugal e foram recuperadas em "operações distintas", diz o ministro da Administração Interna.
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Quatro das armas recuperadas estavam em Espanha, três na Andaluzia e uma Ceuta, e outras quatro em Portugal, explicou aos deputados Eduardo Cabrita, na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
"Não devo dizer mais sobre a investigação das circunstâncias e dos factos a que estão ligados, porque isso não ajudaria certamente sobre aquilo que são as investigações em curso sobre esta matéria", disse o ministro da Administração Interna garantindo que se está a "fazer tudo para que algo semelhante jamais volte a acontecer".
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Eduardo Cabrita foi chamado ao Parlamento pelo PSD para explicar o caso do desaparecimento de 57 armas Glock da sede nacional da PSP, em Lisboa, no final de janeiro de 2017.
O Governo disse que já está a funcionar o sistema informático para registo da atribuição e guarda de armas na PSP.
Quanto ao duplo sistema de controlo de quem acede ao local onde estão guardadas as armas ainda não está concluído mas o Governo espera que, em 2019, o processo esteja completo em todas as unidades.
O Governo anunciou ainda que vai tirar de funções o oficial de ligação entre a Administração Interna e a embaixada portuguesa na Guiné-Bissau.
Este oficial foi, antes, responsável pela divisão da PSP de onde desapareceram as 57 pistolas, tendo depois assumido funções junto da embaixada portuguesa em Bissau. Quando o Governo quis cessar essa comissão, o oficial recorreu para a justiça. Agora o Supremo Tribunal Administrativo decidiu contra o pedido do oficial.