Trabalho da Escola Nacional de Saúde Pública defende que maiores falhas na saúde mental estão nos centros de saúde que não têm tempo e atenção a problemas que afetam muitos portugueses.
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Um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, que será apresentado esta quinta-feira, aconselha o Ministério da Saúde a incentivar os médicos com pagamentos extra para que deem mais atenção às doenças mentais.
Além de incentivos financeiros, em alguns casos as unidades desta área nos hospitais também deveriam ser premiadas ou penalizadas conforme o seu desempenho, nomeadamente pelas taxas de internamento, uma vez que o ideal é evitar que os casos se agravem e acabem nos hospitais.
Julian Perelman, coordenador do estudo financiado pelo Europeu Iniciativas em Saúde Pública, explica que o Serviço Nacional de Saúde tem enormes lacunas na saúde mental e grande parte começam na falta de atenção dos médicos de família que, por falta de tempo, acabam por dar pouco relevo a estes problemas que naturalmente se agravam.
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A solução é incentivar financeiramente os clínicos, especialmente para estarem atentos e darem mais consultas viradas para utentes jovens, crianças e adolescentes, o que pelas contas desta Escola de Saúde Pública custaria pouco mais de 30 milhões de euros por ano ao Estado.