Sem alterações no braço-de-ferro que dura desde novembro de 2017, sindicatos dos professores prometem novas formas de luta.
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Com uma ameaça de greve em cima da mesa caso tudo falhe os, sindicatos dos professores e o Governo voltam esta sexta-feira a tentar um consenso para a contagem do tempo de serviço.
"A expectativa é que o Governo cumpra a lei", mas sem acordo, a Federação Nacional Dos Professores (FENPROF) admite avançar desde já com a mobilização para mais greves e protestos.
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Pela Federação Nacional de Educação (FNE), João Dias da Silva garante que, se necessário, as dez organizações sindicais vão estar unidas no protesto.
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Os professores exigem a contagem integral do tempo de serviço congelado, ou seja, os nove anos, quatro meses e dois dias.
Entre as contas dos sindicatos e as contas do Governo vão 445 milhões de euros de diferença: a contagem do tempo de serviço custa 180 milhões de euros se for aceite a proposta da tutela de contabilizar apenas dois anos, nove meses e 18 dias de tempo de serviço, ou 635 milhões se for aceite a reivindicação dos sindicatos.
A contagem do tempo de serviço dos professores para efeitos de progressão salarial promete marcar a agenda política nos próximos meses, com ênfase no período até à aprovação do próximo Orçamento do Estado, para o qual os sindicatos prometem luta se o Governo não ceder às suas exigências, tendo já um calendário de manifestações, greves e outras ações delineado até à votação final.
Para a reunião desta sexta-feira foram convocadas as dez estruturas sindicais que subscreveram a declaração de compromisso assinada a 18 de novembro com o Governo, entre as quais as duas federações - Fenprof e FNE - ficando de fora o recém-criado Sindicato de Todos os Professores (S.T.O.P.), que acusou o Governo de "discriminação política" ao excluir a estruturas da mesa de negociações na qual já teve assento em reuniões anteriores.