O ministro do Ambiente garantiu que, dentro de 10 dias, haverá um nova solução para abastecer a população da região de Viseu. A autarquia restringiu o consumo de água por causa da seca.
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O ministro do Ambiente afirmou esta quarta-feira que, dentro de dez dias, haverá uma solução alternativa para o abastecimento de água na região de Viseu. José Pedro Matos Fernandes defendeu que herdou uma ausência de investimentos neste domínio, particularmente no sul.
A Câmara de Viseu anunciou esta quarta-feira que intensificou a redução de consumos públicos de água, diminuindo ou suspendendo o funcionamento dos sistemas de rega no concelho.
No caso da albufeira de Fagilde, que abastece Viseu e mais três concelhos em redor, o ministro do Ambiente reconheceu que "há um nível muito baixo de água".
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"Sabemos que temos água até ao início de novembro e estamos a trabalhar intensamente para dentro de dez dias termos uma solução alternativa de abastecimento de água para aquelas populações", disse.
Governo quer que todos reduzam o consumo de água
Numa nota mais política, o titular da pasta do Ambiente disse ainda que a atual situação "obriga a que todos ajudem e que se faça um consumo mais parcimonioso possível da água".
"Isto, acreditando que durante estas três semanas, até ao pico mais grave do problema, irá chover e que o problema será atenuado. Tal não desresponsabiliza ninguém, desde pessoas, autarquias, indústria, no sentido de gastarem o mínimo possível. Neste aspeto as autarquias têm desempenhado um papel muito importante", ressalvou o membro do executivo.
"No Alentejo, designadamente na bacia do Sado, já foi ultrapassado o período mais crítico, o das colheitas, e conseguimos de facto que nunca faltasse água nas torneiras. Houve um investimento de mais de meio milhão de euros com camiões cisternas que abasteceram os depósitos dos pequenos povoados", apontou.
Em relação à situação do país a médio ou longo prazo, o ministro do Ambiente identificou uma tendência para que anos como este se repitam cada vez mais.