O primeiro passo vai ser dado já em 2017/18. O governo vai criar mais 10 mil vagas em cursos profissionais para os alunos do 10º ano.
Corpo do artigo
Agora, há 42 mil alunos a começar o ensino secundário no ensino profissional. De acordo com o Diário de Notícias, no próximo ano letivo podem ser 52 mil.
O número de vagas cresce, assim, quase 25%, mas Gonçalo Xufre, o presidente da Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, sublinha que esse crescimento de lugares disponíveis não quer dizer que sejam necessariamente todos preenchidos. Ou seja, aumenta a oferta, mas há que esperar para ver se a procura também cresce.
E nada é garantido, a fazer fé nos dados dos últimos anos. O DN escreve que o sistema pouco evoluiu, desde o lançamento do antigo programa Novas Oportunidades, aposta forte nos governos de José Sócrates.
Até 2014/15, foi sempre a crescer. Nessa altura, mais de 43% por cento dos estudantes frequentava o ensino profissional mas, a partir daí, o que se nota é uma estagnação.
Agora, no secundário, há quase 200 cursos profissionais, distribuídos por 45 áreas de formação, mas mais de metade dos alunos concentra-se em apenas cinco: ciências informáticas; hotelaria e restauração; audiovisuais e produção dos media; turismo, lazer e comércio.
A ANQEP assume que o objetivo é diversificar, mas também afastar dúvidas sobre a validade do ensino profissional. Ao DN, Gonçalo Xufre, presidente da Agência, é claro: "no dia em que metade dos alunos frequentarem este caminho, passa a ser tão válido como o dos cursos científico-humanísticos", mais tradicionais.