Presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses mostra-se preocupada com o segredo de Justiça na Operação Lex, mas considera que é difícil que seja respeitado.
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A Presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses está preocupada com a violação do segredo de Justiça na Operação Lex. "Na sociedade em que vivemos hoje em dia é muito difícil preservar o segredo de Justiça". Para Manuela Paupério, "é uma batalha perdida".
A Operação Lex investiga suspeitos de tráfico de influência, corrupção, branqueamento e fraude fiscal. Foram constituídos 11 arguidos, entre eles dois juízes desembargadores, dois advogados e um oficial de justiça.
Em declarações à TSF, a representante dos juízes considera que não é bom que magistrados apareçam envolvidos num processo judicial, mas por outro lado é uma prova que "todos são iguais perante a lei".
A mesma opinião tem a coordenadora do Observatório Permanente da Justiça. Conceição Gomes fala de um sinal positivo, que vem dar credibilidade à Justiça portuguesa.
"Estes casos, do ponto de vista da perceção dos cidadãos, aprofundam a ideia de que a justiça não é seletiva e que persegue todos, independentemente das suas posições".
Conceição Gomes elogia a investigação aos casos de corrupção e acredita que a imagem da Justiça não sai beliscada, apesar do alegado envolvimento de juízes desembargadores na operação Lex.