Já são conhecidas duas das propostas do grupo de trabalho criado pelo governo na sequência dos episódios de fuga no aeroporto de Lisboa.
Corpo do artigo
Autoridades querem mais câmaras de videovigilância e controlo mais apertado no recrutamento de trabalhadores. Medida entretanto adotada para fazer face ao problema com resultados eficazes.
Quem viaja sozinho para destinos como o Brasil, Cabo Verde ou Marrocos ou quem viu recusada a emissão de vistos para a entrada noutro país é de imediato conduzido a uma zona isolada do aeroporto, sob vigilância dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). São considerados passageiros de risco. A medida foi adotada por sugestão do SEF e desde que está em prática não mais se registaram casos de fuga no aeroporto.
O grupo de trabalho criado pelo Governo para prevenir este tipo de situações (dois casos durante os meses de verão) quer ir mais além e, segundo o Diário de Notícias, propõe o reforço do número de câmaras de videovigilância no exterior do aeroporto Humberto Delgado. Conta o DN que é uma reivindicação antiga da Polícia de Segurança Pública.
A PSP, PJ, SEF e o SIS, as entidades que integram este grupo de trabalho, propõem também ao Ministério da Administração Interna a adoção de critérios mais apertados no recrutamento das pessoas que trabalham nos aeroportos portugueses. Por exemplo, é sugerida uma análise mais apurada dos antecedentes criminais dos candidatos.
As propostas, a serem concretizadas, exigem alterações legislativas e, desde logo, uma autorização da Comissão Nacional de Proteção de Dados para a instalação das câmaras de videovigilância.
Em julho, quatro cidadãos de origem argelina invadiram a placa do aeroporto numa tentativa de entrada ilegal no país, acabaram detidos. No final de setembro, outro cidadão argelino também conseguiu fugir ao controlo das autoridades em circunstâncias desconhecidas.