O ministro da Justiça, Fernando Negrão garante que serão tomadas todas as medidas para proteger as pessoas, mas lembra que há limitações orçamentais. Portugal defendeu em Bruxelas mais rapidez na tomada de medidas para combater o terrorismo.
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Fernando Negrão falava em Bruxelas após uma reunião de ministros da Justiça e Assuntos Internos da União Europeia sobre terrorismo.
"O pacto de segurança é tão importante como o pacto de estabilidade", disse o ministro quando questionado pela TSF sobre a declaração do presidente francês que atribuiu mais importância à luta contra o terrorismo e à segurança interna do que ao cumprimento das metas orçamentais europeias.
O ministro português da Justiça promete fazer "tudo o que for preciso para assegurar a segurança das pessoas", mas lembra que há "prioridades" na gestão do orçamento nacional.
Fernando negrão também garantiu que o a instabilidade do governo não vai colocar em causa qualquer acordo internacional que seja necessário em matéria de segurança.
Já o ministro da Administração Interna, Calvão da Silva, não colocou entraves às medidas que pede o governo francês, tendo em conta o impacto que o terrorismo tem nas sociedades civilizadas.
Na reunião em Bruxelas, os ministros portugueses defenderam que "hora de agir com rapidez e eficácia" sobre o terrorismo, implementando as medidas de reforço de segurança há muito negociadas.
Calvão da Silva defendeu que "não pode haver UE sem fronteiras externas", pelo que Portugal teve "uma posição muito interventiva no sentido de um reforço da segurança no controlo das fronteiras externas".
Neste encontro, os representantes dos 28 países da União Europeia (UE) decidiram reforçar imediatamente o controlo de todos os viajantes, incluindo da União Europeia, nas fronteiras externas da área de livre circulação Schengen.