Dezenas de professores manifestaram-se esta sexta-feira durante a cerimónia da Restauração da Independência para chamar a atenção do Presidente da República.
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Depositam alguma esperança em Marcelo Rebelo de Sousa, mas também reconhecem que essa esperança está a esmorecer. Durante a cerimónia, os manifestantes do Grupo de Professores Lesados manifestaram-se contra a colocação longe de casa e voltaram a pedir ajuda a Marcelo Rebelo de Sousa.
Gritaram "Senhor Presidente, não seja conivente!", e no final duas professoras que ficaram colocadas muito longe de casa abordaram-no.
Numa conversa com Marcelo Rebelo de Sousa, as professores explicaram que não querem um concurso só para os que ficaram insatisfeitos com a colocação, como propõe o governo.
Marcelo Rebelo de Sousa prometeu analisar o caso e pediu que lhe enviassem a norma legislativa do concurso, que afirma desconhecer.
Rosário Almeida, professora de português, diz que há muitos professores que vivem desterrados, longe das famílias desde o concurso para colocação realizado em agosto e confessa que estes docentes já estão a perder a esperança no Presidente.
"O senhor Presidente pediu-nos uma exposição do caso já há mais de um mês. Entregámos todos os documentos, todas as exposições escritas que foram pedidas, mas até hoje não houve uma resposta", conta Rosário Almeida, que defende que "este silêncio só pode ser entendido como uma conivência que não é aceitável."
"Já há alguma desilusão em relação à inação do Presidente", conclui esta professora de português.