
Miguel Midões/TSF
Meio milhar de crianças de escolas da região de Aveiro já aderiu à iniciativa europeia "Serpente Papa-Léguas". É um jogo de mobilidade, que promove a deslocação sustentável para a escola.
Corpo do artigo
Os mais novos são incentivados a deslocarem-se a pé ou de bicicleta. A iniciativa tem sido promovida pela Ciclaveiro - a Associação pela mobilidade urbana em bicicleta, junto dos agrupamentos de escolas da região de Aveiro.
TSF\audio\2017\05\noticias\30\miguel_midoes_serpente_papa_leguas
Em toda a Europa, o jogo envolve 200 mil crianças. Em Portugal, joga-se a "Serpente Papa-Léguas" em 73 estabelecimentos de ensino.
A TSF foi à escola das Leirinhas, às portas de Aveiro, conhecer o jogo e perceber como estão envolvidas as crianças na iniciativa.
A agente da PSP Helena Graça, da Escola Segura, para dar o exemplo, chegou à escola acompanhada por outros dois polícias da Brigada de Bicicletas. Estiveram a "controlar" as crianças, através de uma pista de trânsito, porque para que possam adotar meios de transporte mais sustentáveis é preciso que conheçam primeiro as regras de segurança.
"O jogo decorre durante 15 dias e todas as crianças que, de manhã, cheguem de bicicleta, carro ou boleia partilhada, nem que seja na última parte do percurso, ganham um autocolante e vão preenchendo a serpente", explica Joana Ivónia, do Cilaveiro, esperando que assim se possam alterar os hábitos das famílias através do jogo e potenciar uma deslocação mais sustentável
De carro, tudo se torna mais perto e mais rápido, mas para o ambiente não é bem a mesma coisa... e isso é a principal razão que leva a que a Educadora Piedade Gomes, que trouxe o Serpente Papa-Léguas para o Jardim de Infância de Aradas, em Leirinhas, aposte em trabalhar a temática com as duas crianças. "Habitualmente, e sempre que o tempo permite, às sextas-feiras, fazemos o dia da bicicleta, dedicando um pouco do tempo à bicicleta, fazendo circuitos e aprendendo os sinais de trânsito".
E se já encontrou filas de trânsito às portas dos estabelecimentos escolares, a solução está à vista. Piedade Gomes ajuda: "Vem ao encontro de uma necessidade que é real, que é a de tirar os pais da frente dos portões da escola. Nas escolas grandes os pais amontoam-se, atropelam-se, toda a gente tem pressa e é uma confusão sair-se da escola".