O alerta é da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.
Corpo do artigo
O presidente da Associação de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas considera que intenção do ministério da Educação de decretar serviços mínimos na greve dos professores vai agravar o caos nas escolas.
O ministério convocou os sindicatos para uma reunião esta terça-feira para discutir a possibilidade de serviços mínimos a partir de 2 de julho.
A FNE e a FENPROF, principais sindicatos dos professores, já fizeram saber que não há acordo possível. O presidente da Associação de Diretores adivinha, por isso, mais um impasse. Filinto Lima considera que a atitude do ministério da Educação vem lançar "mais outra acha para uma fogueira, que vai chegar às escolas" e defende uma intervenção do primeiro-ministro.
"António Costa tem de tomar conta deste problema que já ultrapassou a esfera do ministério da Educação há algum tempo", explica.
À TSF, Filinto Lima confessa que ficou surpreendido com a possibilidade de serviços mínimos levantada pelo ministério.
"Fiquei estupefacto sobretudo tendo em conta que estamos a falar de reuniões de avaliação. Estas reuniões, principalmente as do 3.º período, são um momento nobre de avaliação que exije a presença de todos os professores de cada disciplina. Aliás, na prática, se isto for para frente, não sei como se vai proceder", confessa, "está a fazer-se o caldo às escolas pondo em risco o arranque do próximo ano letivo".
Os professores estão a fazer greve às reuniões de avaliação desde segunda-feira. A paralisação pode prolongar-se até meados de julho. Se não houver acordo entre o ministério e os sindicatos, pode ser um colégio arbitral a decidir se há serviços mínimos.
Ao que a TSF apurou, a questão está a ser acompanha de perto pelo primeiro-ministro.