
Enfermeiros exibem um cartaz onde se lê "MNEnf - Pela Enfermagem" durante a greve junto ao Hospital Santa Maria, em Lisboa, 08 de fevereiro de 2019. Os enfermeiros dos blocos operatórios de sete hospitais públicos iniciaram no dia 31 janeiro uma greve às cirurgias programadas que decorre até 28 de fevereiro, em protesto pela falta de valorização da profissão e sobre as dificuldades das condições de trabalho no Serviço Nacional de Saúde. A paralisação foi convocada pelo Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (Sindepor) e Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE). MIGUEL A. LOPES/LUSA
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Representantes dos enfermeiros não compreendem decisão de manter a requisição civil decretada pelo Conselho de Ministros.
O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) está a avaliar se avança com um recurso para o plenário do Supremo Tribunal Administrativo depois da decisão deste tribunal de não anular a requisição civil do Governo contra a segunda greve cirúrgica que devia durar até ao final de fevereiro.
Uma das advogadas do sindicato explica à TSF que não compreendem a decisão conhecida esta terça-feira.
Joana Miranda acrescenta que, daquilo que leram da decisão, em parte o Supremo Tribunal Administrativo até deu razão aos enfermeiros, mas no final aceitou manter a requisição civil do Governo.
O próximo passo pode ser um recurso para o plenário deste tribunal superior, mas em cima da mesa está a ser estudada, também, uma queixa à Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A representante do sindicato dos enfermeiros defende que "isto é uma luta dos enfermeiros, mas em bom rigor o que ficou em causa foi o direito à greve para todos os trabalhadores".
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