O general Rovisco Duarte, Chefe do Estado-Maior do Exército, alega que a lista está em segredo de justiça.
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O Chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Rovisco Duarte, comunicou ao parlamento, esta terça-feira, que não pode entregar a lista de material recuperado do furto aos paióis de Tancos, em 2017, por estar em segredo de justiça.
A informação foi enviada por Rovisco Duarte e revelada aos deputados horas antes de o general ser ouvido na comissão parlamentar de Defesa Nacional, a pedido do CDS, que também solicitara a lista de material recuperado após o roubo, em junho de 2017.
Na carta de Rovisco Duarte, explica-se que a lista foi feita pela Polícia Judiciária e que foi enviada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal, responsável pela investigação do caso, e que está "à guarda do Exército" e tem o carimbo de "confidencial".
Nível de ameaça mantém-se
A secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa garantiu, esta terça-feira, que o caso do furto de armamento dos paióis de Tancos, há um ano, não fez alterar o nível de ameaça em Portugal, mantendo-se moderado.
"Não foi partilhada connosco elementos que nos levem a reavaliar a situação para aumentar o nível de ameaça em Portugal", afirmou a embaixadora Graça Mira Gomes, numa audição na comissão parlamentar de Defesa Nacional, sobre o caso do furto de armamento, em junho de 2017.
Graça Mira Gomes, que coordena os serviços portugueses, precisou que "o nível de ameaça mantém-se moderado", tendo em conta quer a avaliação feita pelos Serviços de Informação de Segurança (SIS) também através da partilha de informações com organizações congéneres.