Tribunal entende que há perigo de continuação da atividade criminosa, perigo de perturbação da tranquilidade da ordem pública e de perturbação do decurso do inquérito.
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O nono detido no âmbito do processo das armas de Tancos vai ficar em prisão preventiva e está indiciado por "crime de terrorismo internacional", segundo decisão do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.
O nono suspeito, que foi esta quarta-feira detido pela Polícia Judiciária, está indiciado pela prática de crimes de associação criminosa, furto, detenção e tráfico de armas e terrorismo internacional.
Segundo o despacho do juiz João Bártolo, a que a agência Lusa teve acesso, o Tribunal de Instrução Criminal considera que há perigo de continuação da atividade criminosa, perigo de perturbação e da tranquilidade da ordem pública e perigo de perturbação do decurso do inquérito.
O arguido, que à data dos factos era militar em funções nos paióis do exército, será encaminhado para o estabelecimento prisional de Évora para evitar contactos com outros arguidos no mesmo processo detidos no estabelecimento prisional de Tomar.
Na madrugada desta quarta-feira, o Tribunal de Instrução Criminal tinha aplicado prisão preventiva a cinco dos oito arguidos que tinham sido detidos na segunda-feira no âmbito do mesmo processo das armas de Tancos. Os outros três arguidos saíram em liberdade.
Segundo disse à Lusa o advogado de dois dos arguidos, Carlos Melo Alves, esses oito arguidos estão indiciados por participar no furto de Tancos, mas nenhum estava indiciado por terrorismo internacional.
Quanto ao nono arguido, que foi detido pela Polícia Judiciária e que ficará em prisão preventiva, está indiciado por prática de crime de terrorismo internacional, segundo o despacho do juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.