Um estudo da Universidade Nova revela que 15% das pessoas não foram, o ano passado, às urgências e também não recorreram a outros serviços de saúde devido ao valor das taxas moderadoras.
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Apesar do Serviço Nacional de Saúde ter registado um ligeiro aumento na atividade, são muitos os portugueses que garantem que o custo da saúde os impediu de ir ao médico.
O preço é aqui o fator determinante, com quase 9% dos portugueses a revelarem que não foram a consultas de clínica geral ou de especialidade devido ao custo das taxas moderadoras.
Mais de 5% admitem que, também devido ao fator preço, não realizaram o ano passado exames de diagnóstico e a percentagem aumenta, de forma expressiva, em relação às urgências hospitalares.
O estudo da Universidade Nova revela que 15% das pessoas não foram ao hospital por causa do valor das taxas. Ficaram assim por realizar quatro milhões de consultas em cuidados de saúde primários e hospitais e mais de um milhão de atendimentos de urgência também não se realizaram devido ao custo das taxas moderadoras.
Em relação aos medicamentos, o acesso aumentou: em 2014, quase 16% das pessoas revelavam não comprar medicamentos devido ao custo elevado, o ano passado foram 14,2% os que deixaram de comprar os fármacos prescritos pelo médico devido ao fator preço.