Esta é já a quarta greve organizada pelos profissionais desde o início do ano.
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Os técnicos de diagnóstico e terapêutica estão em greve, esta segunda-feira, pela revisão da carreira. Além da paralisação a nível nacional, os técnicos organizam ainda uma manifestação em Lisboa, com saída no Marquês de Pombal em direção à Assembleia da República, a partir das 14h00.
Luís Dupont, presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, disse à TSF que é esperada uma "forte adesão dos trabalhadores", com milhares de técnicos reunidos para o protesto.
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Foram estabelecidos os serviços mínimos para tratamentos de quimioterapia, radioterapia e casos de urgência. O sindicato avisa, no entanto, que a greve irá afetar praticamente todos os serviços de saúde, em particular nos blocos operatórios, altas e internamentos hospitalares, diagnósticos diferenciados, planos terapêuticos em curso e distribuição de medicamentos.
A greve é convocada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, pelo Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, pelo Sindicato dos Fisioterapeutas Portugueses e pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com fins públicos.
Os trabalhadores protestam contra "a intenção do Governo de encerrar o processo negocial da revisão da carreira" sem acordo com as associações sindicais e exigem uma tabela salarial que respeite as suas habilitações profissionais e a sua aplicação a 1 de janeiro de 2018.
Reclamam ainda ao Governo que aceite as regras de transição para a nova carreira, "o correto descongelamento das progressões" e o "fim de todas as bolsas de horas ilegalmente constituídas, sem o acordo escrito do trabalhador, com o pagamento integral como trabalho extraordinário".
Os técnicos de diagnóstico e terapêutica são constituídos por 19 profissões e abrangem áreas como as análises clínicas, a radiologia, a fisioterapia, num total de cerca de 10 mil profissionais que trabalham nos serviços públicos de saúde.