Neste Dia Mundial de Conservação da Vida Selvagem, os linces que foram obrigados a ir para Espanha, por causa do incêndio de Monchique, começam a ser transportados para casa.
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Durante o incêndio de Monchique, que chegou ao Centro de Reprodução de Silves, os linces que se encontravam no local tiveram de ser retirados para centros em Espanha.
Os 29 linces estiveram cerca de quatro meses em três centros de recuperação em Espanha, nas zonas da Andaluzia, Extremadura e Castilla la Mancha. Estão todos de boa saúde e começam, precisamente esta terça-feira, a regressar ao Centro de Reprodução do Lince Ibérico, no concelho de Silves.
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Para isso, tiveram de ser feitas obras no local. Obras, no valor de 700 mil euros, na "rede de energia, água, no sistema de vigilância e nos cercados", explica Célia Ramos, a secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza.
Durante alguns dias, os linces ficarão numa espécie de quarentena - porque a viagem é muito penalizadora para estes animais selvagens. Na próxima semana, a 12 de dezembro, os linces serão colocados nos cercados que tentam replicar o seu habitat natural.
Célia Ramos adianta que já no mês de janeiro alguns dos animais serão largados na natureza, em Espanha e Portugal. Nos anos de 2016, 2017 e 2018, houve "um total de 50 crias nascidas em ambiente natural", conta.
Até à data, nasceram 108 linces no Centro de Reprodução de Silves, destes 80 sobreviveram e 68 já foram reintroduzidos na natureza.
A secretária de Estado do Ordenamento do Território e Conservação da Natureza considera que o programa é um sucesso e quer voltar a ver linces na serra da Malcata. "Estamos a trabalhar com as câmaras municipais de Penamacor e Sabugal e com outros parceiros, para criar condições de habitat nesta área e para que possam voltar a haver linces".