Uma auditoria agora revelada diz que o Centro Hospitalar de Lisboa Norte estava em falência técnica. Administração garante que as situações estão quase todas corrigidas.
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O Tribunal de Contas acusa a administração do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) de ter inscrito de forma errada, as receitas de 2014.
Sem essas receitas sobrevalorizadas, os prejuízos do hospital foram de quase 28 milhões de euros, e não de dois milhões e setecentos mil, como foi apresentado nas contas do Centro Hospitalar de Lisboa Norte.
O tribunal de contas chega mesmo a afirmar que o problema é estrutural.
O estado atribui ao CHLN, subsídios de exploração, que não refletem os verdadeiros serviços prestados no Santa Maria e no Pulido Valente.
E depois, faz aumentos de capital, para evitar a existência de capitais negativos.
No caso de 2014, os capitais negativos eram de 21 milhões de euros, e entre subsídios à exploração e o aumentos de capital, entraram 44 milhões de euros, destinados a convergência de contas.
Sem esse dinheiro, o hospital estava em falência técnica.
Um número, que pode representar o que é fornecer produtos e serviços a um grande hospital público.
No ano de 2014, o tempo médio de pagamento a fornecedores do CHLN, foi de 504 dias.
A resposta
A administração contesta algumas das interpretações que o tribunal de contas faz da auditoria, e garante que parte das dividas foram pagas entretanto, e muitas das situações menos claras, foram corrigidas.
Uma dos capítulos mais complicados da auditoria, a pesada fatura de medicamentos dispensados aos utentes de forma gratuita nos hospitais de dia.
São mais de vinte milhões de euros anuais, e só isso, justifica a atribuição dos subsídios de exploração da parte do estado.
Um subsídio, que diz a administração, é por isso, amplamente insuficiente para a gestão dos hospitais.
O relatório da auditoria, não se dirige apenas à administração da CHLN.
Também os ministérios da saúde e das finanças têm recados para alterar os procedimentos de tutela da gestão.
E também esses procedimentos já foram feitos.