Números têm melhorado, mas pouco. Medida é a mais simples e económica de prevenir as infeções nos hospitais.
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Só 73,6% dos profissionais de saúde lavam as mãos como deviam. A conclusão é do relatório anual sobre infeções e resistências aos antimicrobianos.
O documento lido pela TSF revela que as taxas mais baixas de cumprimento acontecem antes do contacto com o doente: nestes casos, em 2017, apenas 66% dos profissionais de saúde cumpriam as boas práticas de higiene das mãos, apesar de tudo melhor que os 59% de 2013.
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Depois do contacto com o doente, os números de cumprimento sobem bastante, para mais de 80%, resultados que também têm melhorado.
A limpeza correta das mãos caiu, no entanto, nos últimos dois anos, nos casos em que o contacto com o doente envolve sangue ou outros fluidos (83,9% em 2017) e antes de um procedimento assético (76,7%).
Globalmente, a taxa de cumprimento das boas regras de higiene das mãos pelos profissionais de saúde rondava em 2017 os 73,6%, ou seja, um pouco melhor que no primeiro ano avaliado, 2013 (69,3%).
O relatório sublinha ainda que há cada vez mais hospitais a monitorizar as boas práticas nesta área. Existem, no entanto, grandes diferenças: mais de 60% dos hospitais públicos fazem essa monitorização, contra apenas 34,4% nos centros de saúde, 19% nos hospitais privados e 11% nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados.
O documento da Direção-Geral de Saúde recorda que a higiene das mãos pelos profissionais de saúde é a medida mais eficiente, mais simples e mais económica de prevenir as infeções nos hospitais.