Universidade de Aveiro vence prémio da NATO para detetar vídeos extremistas
A Aliança Atlântica convidou instituições de todo o mundo a apresentarem sistemas capazes de encontrar filmes e imagens com conteúdos extremistas. A proposta da Universidade de Aveiro foi a premiada.
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A NATO StratCom lançou um desafio a especialistas em Informática e Sistemas Inteligentes de todo o mundo. O que este braço da organização pretendia era uma ideia de como detectar o uso malicioso de vídeos e fotografias na Internet e dessa maneira encontrar mensagens extremistas.
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À final, que decorreu no Centro de Excelência de Comunicação Estratégicas da NATO, chegaram três propostas. Uma partiu de uma empresa privada, outra saiu da Universidade de Torino, em Itália e a vencedora nasceu na Universidade de Aveiro.
Uma proposta que agora está já a ser sondada por outras entidades. A Europol já pediu para saber mais e o exército português também.
Ouvido pela TSF, António Neves, que também é professor no Departamento de Electrónica e Engenharia Informática da Universidade de Aveiro diz que o sistema funciona em três fases. Na primeira, o protótipo transforma aquilo que está no vídeo em texto, mais fácil de catalogar.
Na fase seguinte, o sistema procura perceber se as imagens em questão foram alteradas para distorcer a sua mensagem. E por fim, usa Inteligência Artificial para compreender a legenda que normalmente acompanha esses conteúdos.
Foi este caráter modular da proposta da Universidade de Aveiro que a NATO valorizou.
O problema, é que apesar de ter premiado a proposta a NATO não deu garantias que a venha a aplicar (e financiar). Mas é justamente aí que pode encaixar o interesse demonstrados pelo Exército português ou da EUROPOL. Certo é que em fevereiro do próximo ano começam a chegar os primeiros resultados de candidaturas a verbas que talvez permitam continuar o projecto.