Vistos Gold. "Quando referi que a montanha iria parir um rato, acabei por ter razão"
Rogério Alves, advogado de António Figueiredo, relembrou a sua opinião no início do processo, dizendo que a conclusão do processo foi muito mais pequena do que se previa no caso dos Vistos Gold.
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A justiça absolveu Miguel Macedo, ex-ministro da Administração Interna (MAI), dos quatro crimes de que estava acusado e o advogado do antigo governante reagiu, dizendo que Miguel Macedo foi "atingido por um vendaval, desencadeado pela acusação que o aniquilou civicamente".
Já o ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN) foi condenado a quatro dos 12 crimes de que estava acusado: um de corrupção passiva, um de corrupção ativa, outro por peculato e mais ainda um por tráfico de influências.
O advogado de António Figueiredo, Rogério Alves, admitiu que pode recorrer da decisão que o condenou a quatro anos e sete meses de prisão com pena suspensa.
Questionado sobre o recurso, o responsável pela defesa disse que "provavelmente sim". Contudo, em declarações à saída do tribunal, explicou que "a decisão de recorrer será tomada depois de conhecermos o texto do acórdão", já que esta sexta-feira apenas foram lidos alguns pontos.
Perante a decisão, Rogério Alves conclui que "não houve branqueamento de capitais, não houve corrupção no que diz respeito aos Vistos Gold, não houve corrupção no que diz respeito a Angola". "O processo foi caindo aos bocados até ficar este bocadinho, não estou a tirar a gravidade nem aos factos nem aos crimes, estou apenas a dizer que quando referi no início que a montanha iria parir um rato, acabei por ter razão", apontou o advogado.