A associação ambientalista ZERO defende o encerramento da central nuclear de Almaraz e felicita o ministro do ambiente por ter mudado de posição. Matos Fernandes vai a Madrid discutir com Espanha.
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Os ambientalistas da ZERO, pela voz de Carla Graça, esperam que o ministro do Ambiente traga de Madrid, esta quinta-feira, mais do que o cumprimento da obrigação de Espanha informar Portugal sobre o impacto ambiental de projetos nos rios internacionais.
"Esperamos que se consiga que o armazém de resíduos nucleares não seja construído na fronteira. No entanto, existe aqui uma solução de longo prazo que é a questão da própria central e nós gostaríamos que houvesse essa clarificação: se a Espanha pretende ou não prolongar a vida da Central Nuclear de Almaraz"?, pergunta Carla Graça.
Para a ambientalista, "este armazém temporário é um pretexto para prolongar o tempo de vida da central" cujo encerramento estava previsto para 2020.
Com a ida de Matos Fernandes a Madrid a ZERO pensa que "havendo consulta a Portugal sobre o armazém cumpre-se a legislação", mas esta "é uma questão pontual e que não acautela o futuro", sublinha Carla Graça.
Sobre o risco do nuclear para Portugal, a ambientalista afirma que "não tem conhecimento da existência de planos de contingência" o que é grave tendo em conta a "falta de cumprimento de requisitos de segurança por quem gere a central".