A Federação das Associações de Pais pede uma intervenção urgente - considera que não há condições para alunos, professores e funcionários continuarem a frequentar a Escola Secundária de Cascais. A autarquia acusa o governo de estar a bloquear uma solução.
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As obras para a construção de um condomínio ao lado da Escola Secundária de Cascais estão a expor problemas antigos e os pais contam que o amianto que existe nas coberturas está a soltar-se.
"Com os rebentamentos diários, que andam à volta de duas a três vezes por dia, a escola como já é antiga, como tem muito amianto, aquilo está a rebentar por todos os lados e, pelo que eu sei, as partículas de amianto estão a espalhar-se", afirma Maria Judite, que integra a Federação das Associações de Pais do Concelho de Cascais e o Conselho Municipal de Educação.
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Maria Judite conta que os pais estão muito preocupados pelo facto do amianto ser cancerígeno e revela que já recebeu várias chamadas de encarregados de educação a perguntarem o que devem fazer.
"Não há condições nenhumas para aquela escola continuar aberta", assegura Maria Judite, que assegura que a escola é provisória há pelo menos 44 anos. É uma questão de saúde pública, diz, alertando para os vários perigos que existem.
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Contactada pela TSF, a autarquia confirma que a escola é provisória há mais de 40 anos e que a única solução passa por construir uma nova. "O Ministério da Educação não tem verba para isso e nós propusemos assumir os 40 milhões de euros", conta o vereador da educação da Câmara de Cascais.
Quarenta milhões é o valor estimado para o investimento necessário nas escolas do concelho. Perante a falta de disponibilidade financeira do governo, a autarquia propôs assumir a totalidade da despesa, mas pelo que conta Frederico Pinho de Almeida o executivo está a bloquear o processo e a impedir uma solução para a escola Secundária de Cascais.
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No verão de 2017, a autarquia pagou as obras de requalificação do pavilhão desportivo da escola. " O Ministério da Educação assobia para o lado constantemente", afirma Frederico Pinho de Almeida que revela que a obra serviu para substituir a cobertura que tinha amianto.
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A TSF já contactou o Ministério da Educação e a direção do Agrupamento de Escolas de Cascais e aguarda respostas.