"Inaceitável." Marcelo reage à polémica com fotografias de fugitivos do Porto
Presidente da República reiterou o apoio à posição tomada pelo ministro da Administração Interna.
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Marcelo Rebelo de Sousa classificou esta segunda-feira de "inaceitável" a publicação de imagens do momento da detenção dos três homens que, na semana passada, fugiram do Tribunal de Instrução Criminal do Porto.
As fotografias, tiradas num parque de campismo em Gondomar, local onde foram recapturados os fugitivos, foi publicada por alguns meios de comunicação social.
Além destas publicações, também dois sindicatos da PSP partilharam no Facebook as imagens: primeiro o Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública e depois o Sindicato Vertical de Carreiras da Polícia, que juntou à sua publicação imagens de idosos agredidos noutros países, num desafio ao ministro Eduardo Cabrita para que se indignasse com as fotografias.
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Sobre este caso, o Presidente da República começou por garantir que concorda com a posição do ministro da Administração Interna, que tinha condenado esta partilha. "Há um respeito pela dignidade das pessoas, que é próprio de um estado de direito democrático e que torna inaceitável" esta situação, defendeu Marcelo
"Temos que estar preparados para aquilo que, de vez em quando, acontece nos meios mais expeditos de comunicação de imagens ou de ditas informações, que são as montagens que não correspondem à verdade", disse. Sobre o combate a episódios como este, o Presidente da República entende que o mesmo é "difícil", reforçando no entanto que o mais importante é que as pessoas se mantenham "atentas, à procura da verdade e atentas ao que pode ser uma montagem".
A Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG/GNR) manifestou-se a favor da divulgação de fotografias de suspeitos capturados pela PSP, considerando que os criminosos "não são merecedores do mesmo respeito e consideração" que o cidadão comum.
"A ASPIG está solidária com os profissionais da PSP, envolvidos nesta matéria, e não fica indignada com as fotografias, expostas publicamente, pois considera que os criminosos - nelas identificados como tal - não são merecedores do mesmo respeito e consideração, por parte do Estado e da comunidade, atribuídos ao cidadão comum", refere aquela associação da GNR em comunicado.