Investigação à queda de helicóptero não confirma se luzes da antena estavam ligadas
Impacto violento com antena espalhou destroços por 24600 metros quadrados.
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O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) ainda não conseguiu confirmar se estavam ou não ligadas as luzes que deviam sinalizar a torre de rádio em que embateu, no sábado, o helicóptero do INEM.
A investigação de acidentes divulgou hoje uma nota informativa com a segunda análise feita ao que aconteceu. O gabinete confirma que a torre de transmissão de rádio, com 66 metros, situada na Serra de Santa Justa, estava licenciada e tinha o equipamento de balizagem luminosa no topo.
No entanto, a nota também diz que "nesta fase da investigação", quatro dias depois do embate que matou as quatro pessoas que iam no helicóptero, "não é claro se a balizagem estava operacional no momento do acidente".
O documento acrescenta que após a colisão das pás do rotor principal com o mastro da antena e nas espias superiores da torre, a cabine do helicóptero colidiu com outras duas espias de travamento da torre.
A investigação já feita confirma também que foi devido ao impacto com a antena que se iniciou a desintegração continuada do helicóptero, "bem como a separação de uma das pás do rotor principal, devido ao desbalanceamento do mesmo".
A aeronave só viria a parar no chão 384 metros depois da zona do impacto inicial com o mastro da antena, num acidente violento que segundo a investigação já feita espalhou destroços por uma área 24.600 metros quadrados.
A nota acrescenta que a noite era de nevoeiro e à partida do Porto para a escala em Paredes de Baltar o piloto admitia voltar atrás caso as condições meteorológicas piorassem.
O GPIAAF acrescenta que o helicóptero tinha o sistema transmissor de localização de emergência a funcionar, mas este não serviu de nada porque a antena ficou danificada com o acidente, daí ter-se demorado tanto tempo a detetar, depois, o local do acidente.
A nota acrescenta que "a violência do impacto associada à posição invertida da aeronave no momento do choque com o solo, não deixaram espaço útil de sobrevivência para os ocupantes. Adicionalmente, as forças de desaceleração excederam largamente as tolerâncias humanas, sendo o acidente classificado como de impacto sem probabilidade de sobrevivência".