O surfista que toca violino. Ou o violinista que surfa partituras improváveis
Já tocou no topo de vulcões ou em cima de uma prancha nas ondas gigantes da Nazaré. Nuno Santos, o violinista que gosta de tocar em sítios improváveis, esteve na redação da TSF.
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Tudo começou no Equador, quando Nuno Santos trabalhava numa Organização Não Governamental norte-americana. "A cada 15 dias fazia um percurso para monitorizar ursos e pumas. Acompanhava uma equipa de biólogos e costumávamos acampar na base de um vulcão".
Nuno sempre teve o violino como companheiro de viagem e um dia lembrou-se de tocar violino no cume do vulcão. "Não foi brincadeira", desabafa.
A partir daí, tornou-se um desafio subir a montanhas e tocar o violino lá no alto. Quando veio para Portugal, fez uma adaptação. "A montanha mais óbvia que tinha, não para escalar, mas para descer, era a montanha de água da Nazaré".
Nuno passou então a subir à prancha com o violino e a tocar enquanto surfa as ondas.
"Acaba por ser uma conjugação de paixões", explica, "o mar, as montanhas, a música... são coisas que fazem parte de mim, da minha maneira de estar na vida. Não consigo caracterizar-me como surfista ou como músico. Acaba por ser um misto, cria uma identidade própria".
Nuno Santos esteve na Manhã TSF e à falta de lugar mais alto, sentou-se à secretária do diretor da rádio a tocar violino.
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https://www.facebook.com/tsfradio/videos/vb.174996242665/10155407413167666
Sempre pronto a abraçar novos desafios, Nuno já traçou a próxima meta, que começa na Nazaré: "fazer uma ligação de bicicleta entre a maior onda do mundo e a maior montanha do mundo e tocar um fado português da Amália no topo".