Associações acusam autarquia de Lisboa de negligenciar limpeza da floresta. Câmara garante que falhas são pontuais e estarão todas resolvidas até ao fim de maio.
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Os ambientalistas da Quercus e a Associação de Promoção ao Investimento Florestal (Acréscimo) garantem que o Parque Florestal de Monsanto é um verdadeiro "barril de pólvora".
As duas associações e os dois presidentes que são, também, engenheiros florestais, acusam a Câmara de Lisboa de ter a mata mal limpa, com zonas onde os materiais combustíveis típicos de uma floresta não são geridos há vários anos.
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As duas associações admitem que há partes do Parque Florestal com 900 hectares que até estão bem geridas para evitar o fogo, mas há outras que não, o que coloca tudo o resto em causa: "Podemos ter aqui um novo Pinhal de Leiria", acusa João Branco, o presidente da Quercus.
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A reportagem da TSF com as duas associações encontrou algumas zonas com arbustos e silvas quase do tamanho de árvores: material combustível em caso de incêndio que segundo os peritos não é limpo há vários anos. No entanto, a autarquia garante que estamos perante situações pontuais, sendo que pelo menos um deles estará num terreno do Estado central.
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O vereador do ambiente, estrutura verde, clima e energia da câmara de Lisboa recusa as críticas da associação florestal e da associação ambientalista.
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José Sá Fernandes garante que algumas das zonas vistas pela TSF não pertencem à autarquia, mas sim ao Estado central. No entanto, mesmo nessas o município vai limpar.
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José Sá Fernandes conta que já fez uma apresentação pública a explicar o que vão limpar até ao fim de maio em Monsanto, prometendo que tudo estará feito até lá.
O vereador garante não vale a pena ninguém se preocupar com o Parque Florestal de Lisboa que tem um plano de gestão florestal, um plano contra incêndios e é, garante a autarquia, a única floresta urbana, na Europa, certificada internacionalmente.
(Imagem vídeo: Filipe Amorim)