"Não sou traficante nem terrorista." Mustafá sai em liberdade mas "sai não satisfeito"
O líder da Juventude Leonina, Nuno Mendes Mustafá, à saída do Tribunal do Barreiro, depois de ter sido ouvido no âmbito da investigação da invasão à Academia do Sporting, no Barreiro, 15 de novembro de 2018. O ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho e Mustafá, detidos no domingo e interrogados na quarta-feira, pelo juiz Carlos Delca, saíram hoje em liberdade, sujeitos a apresentações diárias às autoridades e o pagamento por cada um dos arguidos de uma caução de 70.000 euros, no âmbito da investigação ao ataque à academia de Alcochete. RUI MINDERICO/LUSA
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O líder da Juventude Leonina negou os crimes de que é suspeito à saída do tribunal do Barreiro.
Nuno Vieira Mendes, conhecido como Mustafá, saiu do tribunal do Barreiro pelo próprio pé mas apesar de ficar em liberdade não ficou contente com a decisão do juiz de instrução.
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"Não sou traficante nem terrorista", disse ainda, a propósito dos crimes de terrorismo e tráfico de estupefacientes de que é suspeito.
O juiz Carlos Delca decidiu que o ex-presidente do Sporting e o líder da Juventude Leonina vão ficar em liberdade apesar de admitir que existe "perigo de fuga" dos dois arguidos .
Num comunicado distribuído aos jornalistas à porta do tribunal pode ler-se que se verificam "os perigos de fuga, de perturbação do decurso do inquérito, nomeadamente, para a aquisição e conservação e veracidade da prova, de continuação da atividade criminosa, bem como de grave perturbação da ordem e tranquilidade públicas, atendendo à natureza dos ilícitos em causa e à visibilidade social que a prática dos mesmos implica".
Bruno de Carvalho e Mustafá estão indiciados por 57 crimes: 20 crimes de ameaça agravada; 12 de ofensa à integridade física qualificada; 20 de sequestro; dois crimes de dano com violência; dois de detenção de arma proibida agravado e um crime de terrorismo. O líder da Juventude Leonina é ainda suspeito de um crime de tráfico de estupefacientes.