O único civil dos arguidos também vai ficar em prisão preventiva na sequência do processo que investiga o desaparecimento das armas furtadas em Tancos.
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O diretor da Polícia Judiciária Militar, Luís Vieira, vai ficar em prisão preventiva, na sequência do processo que investiga o desaparecimento das armas furtadas em Tancos.
O tribunal decidiu aplicar ao arguido a medida de coação mais gravosa.
O único civil dos arguidos também vai ficar em prisão preventiva.
Um comunicado do TIC adianta que os restantes seis arguidos ficam em liberdade, embora sujeitos a termo de identidade e residência, suspensão do exercício de funções, proibição de contacto com os coarguidos e com quaisquer militares das Forças Armadas, da GNR e elementos da Polícia Judiciária Militar.
O Exército divulgou em junho do ano passado o desaparecimento de material militar dos paióis de Tancos - entretanto desativados - que foi recuperado pela Polícia Judiciária Militar em outubro, a 21 quilómetros do local.
No passado dia 1 de março, na posse do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, o Presidente da República defendeu uma investigação "mais longe e a fundo" aos casos que envolveram as Forças Armadas nos últimos tempos, como o de Tancos.
Arguido vai decorrer da decisão
O advogado do diretor da Polícia Judiciária Militar (PJM) disse esta sexta-feira que vai recorrer da decisão de prisão preventiva decretada ao seu cliente, no âmbito da investigação da recuperação de armas de Tancos.
"Não estava à espera [da decisão], pelo interrogatório que foi feito ao meu constituinte e pela convicção que mantenho de que está inocente", disse aos jornalistas Rui Baleizão, à porta do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Lisboa.
O advogado adiantou que na segunda-feira vai pedir os autos e que depois recorrerá da decisão.