
Ivo Pereira/Global Imagens
A doença foi diagnosticada em 2014, quando a professora já não conseguia fazer as grelhas de avaliação dos testes e não conseguia ter um fio condutor na conversa com os colegas.
Corpo do artigo
É um processo que se arrasta há pelo menos três anos.
Por recomendação da junta medica da direção geral dos estabelecimentos escolares, a docente foi submetida em 2015 a uma junta da Caixa Geral de Aposentações que considerou que a professora não estava permanentemente incapaz.
TSF\audio\2017\06\noticias\25\rita_costa_09h
Em outubro, o pedido de aposentação da docente do ensino secundário, agora com 61 anos, foi indeferido. O processo seguiu para o Tribunal Administrativo e Fiscal.
O marido da docente ouvido pelo jornal Público afirma que a companheira já tinha várias dificuldades nos últimos anos e revela que em 2013 até foi chamado 2 ou 3 vezes à escola. O diretor da José Falcão, em Coimbra, confirma que a professora "não tinha condições psicológicas para estar concentrada ou conseguir estar em prefeitas condições à frente das turmas".
No entanto, a junta médica realizada em 2015 não teve em atenção os relatórios do neurologista e do psiquiatra da docente que a davam como incapaz para exercer profissão.
A junta medica que avaliou a professora baseou-se no parecer de um psiquiatra também designado pela Caixa Geral de Aposentações que considerou que não se justificava do ponto de vista psiquiátrico que a examinada fosse considerada incapaz, mas não viu os relatórios dos médicos. É isso que assegura ao Público a advogada Ana Pereira de Sousa que conta ainda que a avaliação foi feita em apenas 5 minutos.
O ano passado a professora foi submetida a nova junta medica. Conclusão: "demência - muito provável doença de Alzheimer" e ainda "incapacitada para exercer a sua profissão". Acontece que o relatório desta junta medica só chegou ao tribunal no dia 4 de Maio