Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE) reuniu com representantes dos ministérios da Saúde e das Finanças e saiu convicta de que há margem para acordo.
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A Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE), que reúne o Sindicatos dos Enfermeiros e o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem, saiu satisfeita da reunião desta sexta-feira com a comissão negociadora que é composta por representantes do ministério da Saúde, liderado por Marta Temido, e do ministério das Finanças, que tem como responsável máximo Mário Centeno.
Depois de cerca de uma hora e meia de reunião, José Correia Azevedo, porta-voz da FENSE e presidente do Sindicatos dos Enfermeiros, disse que a maioria das questões relacionadas com as carreiras está acertada.
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"Tratamos da avaliação de desempenho, férias, feriados, faltas e licenças e chegamos finalmente à última reunião com a cláusula das remunerações, que é a única por negociar", adiantou José Correia Azevedo, depois da reunião a propósito das negociações para a assinatura de um Acordo Coletivo de Trabalho único para a carreira especial de enfermagem.
A comissão negociadora e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros têm nova reunião agendada para o próximo dia 11 de janeiro, a data em que a FENSE espera chegar a acordo e concluir as negociações relativas às tabelas remuneratórias. Para já, o Governo tem uma proposta em cima da mesa.
FENSE apresenta ao Governo proposta de 2020 euros para remuneração de enfermeiros
No final da reunião, o dirigente sindical esclareceu ainda a proposta entregue pela Federação, e que ainda não foi discutida com o Governo. "A tabela remuneratória começa por 2020 euros para os enfermeiros, fica 700 euros abaixo dos médicos em igualdade de circunstâncias, e vai até aos 5 mil e tal euros. É faseado e distribuído por três categorias, O Governo ainda não aceitou nada porque isto ainda não foi discutido", disse.
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Quanto à possibilidade de um nova greve, José Correia Azevedo adianta que, para já, não é um cenário que esteja a ser equacionado pela FENSE. "Temos uma greve suspensa, a que chamamos a Espada de Dâmocles, que era a espada que estava suspensa sobre uma crina de cavalo e que se o animal se portasse mal podia cair. Vai depender da reunião de dia 11 de janeiro e da aprovação do acordo", afirmou.
O dirigente sindical garante ainda que os enfermeiros estão "confiantes" e assinala: "O Governo não tem alternativa senão aprovar o acordo, para acalmar as hostes". Caso haja acordo com a FENSE, José Correia Azevedo não tem dúvidas, os restantes sindicatos "ou se sentam à nossa mesa ou se sentam de pé".