Os primeiros quatro casos de legionela foram conhecidos este domingo. A DGS diz que os chuveiros ou torneiras são a causa mais provável de surto na CUF Descobertas.
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Mais dois casos de legionela do surto do Hospital CUF Descobertas, em Lisboa, foram registados, elevando para seis o número de infetados, confirmou esta segunda-feira fonte oficial da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Numa nota divulgada hoje ao final da manhã, a DGS informa que foram diagnosticados seis casos de doenças dos legionários com ligação ao hospital CUF Descobertas. Os doentes são cinco mulheres e um homem e encontram-se estáveis. A DGS recorda que as autoridades de saúde pública, em conjunto com a administração do hospital privado, já implementaram medidas para interromper a transmissão e reforçaram a vigilância ambiental e epidemiológica.
Entretanto, em conferência de imprensa a início da tarde, a diretora-geral da Saúde Graça Freitas declarou que os chuveiros são a fonte mais provável do surto, ou as torneiras, embora estas sejam "menos prováveis".
Apenas um dos seis casos confirmados é de um doente que apresenta várias patologias, não sendo os restantes "nem muito idosos nem muito frágeis", disse.
A bactéria legionela é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia. A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.
A infeção pode ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada. Apesar de grave, a infeção tem tratamento efetivo.
Notícia atualizada às 14h01 com a conferência de imprensada DGS