Análises, RX, e uma série de exames de diagnóstico estão a ser adiados desde quinta-feira da semana passada nos hospitais e centros de saúde.
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Almerindo Rego, presidente do Sindicato dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, sublinha que por dia são muitos os doentes a serem afetados nesta greve marcada por tempo indeterminado.
"Os serviços que normalmente têm grande impacto são as análises clínicas, a radiologia, a cardiopneumologia e a farmácia", diz Almerindo Rego. "Só para ter uma ideia, agora estou no Hospital de Santo António e nas análises clínicas estão a ser adiados 400 doentes" por dia, o que leva ao adiamento de cirurgias e tratamentos aos pacientes.
Os técnicos reivindicam a evolução na carreira que está congelada há 18 anos, imputando culpas ao Ministério das Finanças: "Não apresenta as propostas que são da sua responsabilidade em sede de transições e de tabelas salariais".
Segundo o sindicato, este é o setor profissional da saúde que tem o índice de mestrados e doutoramentos mais elevado, mas há doutorados a serem remunerados com cerca de mil euros.
São dez mil técnicos a nível nacional envolvidos nesta greve que, segundo o sindicato, está a ter plena adesão, efetuando-se apenas os serviços mínimos.