O ministro da defesa reconheceu esta quinta-feira que as circunstâncias do roubo e recuperação das armas, dos paióis de Tancos é uma causa de "embaraço", durante a sua presença nas reuniões da Nato.
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O ministro da defesa falava em Bruxelas, à margem de uma reunião na sede da Aliança Atlântica. Azeredo Lopes afirmou que entre os outros ministros não há sinal de inquietação, face ao desaparecimento e respetiva recuperação das armas e este "não é um tópico que seja considerado preocupante - ou minimamente preocupante -, por parte de colegas".
"Nem do ponto de vista formal, nem sequer naquelas conversas que é habitual termos, nunca me foi suscitada essa questão", afirmou o ministro reconhecendo, porém, que há "embaraço".
"Causou embaraço e causa o lado desagradável de qualquer militar que, independentemente da presunção de inocência, que esteja envolvido numa qualquer investigação criminal", afirmou a Azeredo Lopes, reconhecendo ainda que a sua "responsabilidade política", a qual tem assumido "desde o dia 1 de junho".
Bullying politico
Respondendo às criticas internas, nomeadamente ao pedido do CDS para que se demita e abandone o ministério da defesa, Azeredo Lopes afirma que tal "não faz sentido nenhum", considerando até que as insistências dos centristas pode interpretar-se como "Bullying político".
Aquilo que o CDS pede, pede legitimamente. É um partido político, está a fazer oposição, considera que eu devo demitir-me e, portanto, encaro isso sem qualquer "hard-feelings" (ressentimentos) sem quaisquer críticas pessoais embora às vezes até pareça uma espécie de "bullying político"".