Plano de Preparação e Contingência criado pelo Governo alerta para o aumento da fiscalização nos portos e aeroportos. Sindicato do SEF avisa que é preciso investir no serviço para reforçar a fiscalização.
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Caso o Reino Unido saia da União Europeia (UE) sem acordo, o Plano de Preparação e de Contingência criado pelo Governo português prevê um reforço dos meios humanos e materiais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
No documento, a que a TSF teve acesso, pode ler-se que nos locais do país onde há mais residentes britânicos devem ser criados pontos de atendimento com meios humanos, materiais e tecnológicos para regularizar documentos e facilitar o fluxo de trabalho. Além disso, o plano prevê um reforço de meios nas fronteiras, já que a entrada e saída de cidadãos britânicos do território nacional vai obrigar a um controlo mais apertado.
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Ouvido pela TSF, o presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF, Acácio Pereira, aplaude o plano, mas diz que há um problema: a "falta absoluta de inspetores" para essas estruturas deslocalizadas. "Naturalmente que esta necessidade é reconhecida, o problema é dar-lhe resposta, e só se consegue dar resposta com pessoas e com meios."
O sindicato garante que, sem reforço no SEF, o plano não tem pernas para andar e está condenado ao fracasso. "Vemos com muita dificuldade a implementação do Plano. O SEF está depauperado de meios humanos, é público os problemas que temos ao nível do atendimento e dos controlos de fronteiras e esta situação vai tornar ainda mais difícil uma situação que é, já de si, preocupante", prevê Acácio Pereira.