A conclusão é do Relatório Anual de Segurança Interna. Em 2017, as "secretas" registaram um impulso de movimentos neonazis no país.
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O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) alerta que a extrema-direita está a ganhar força em Portugal. O Diário de Notícias revela que o documento aprovado pelo Conselho Superior de Segurança Interna (CSSI), que é entregue esta quinta-feira na Assembleia da República, aponta para um forte regresso das forças da extrema-direita, no último ano.
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Foram intensificados os contactos com movimentos de extrema-direita internacionais, reforçada a propaganda online e organizadas conferências e protestos simbólicos.
As autoridades têm estado atentas aos grupos neonazis desde 2014, sobretudo devido ao crescimento de movimentos nacionalistas noutros países europeus, com o fenómeno migratório e a crise de refugiados a alimentar a radicalização de discursos. Mas foi em 2017 que as "secretas" registaram um impulso de movimentos neonazis no país.
O relatório sublinha que há militantes de movimentos nacionalistas envolvidos em atividades criminosas e refere uma ameaça por parte das novas organizações de extrema-direita em Portugal, como por exemplo o grupo de motards Red & Gold, que pertencem aos Los Bandidos, o rival histórico dos Hell Angels. Os dois grupos protagonizaram confrontos num restaurante em Loures, no último sábado. Mário Machado, o antigo dirigente da Frente Nacional que está em liberdade condicional há menos de um ano, está associado ao grupo Red & Gold.
A última grande operação da Unidade Nacional de Contraterrorismo da Polícia Judiciária foi em novembro de 2016, com a detenção de 17 neonazis acusados de agressões por motivos racistas.
Mais de metade dos suspeitos eram novos recrutas da Portugal Hammerskins, a fação portuguesa do mais violento grupo de extrema-direita a nível mundial. Todos foram libertados.