Os cientistas da NASA acreditam que o dia 21 de dezembro será igual aos outros apesar das profecias do fim do mundo. Para a ciência estas previsões não fazem qualquer sentido. O físico Carlos Fiolhais cita mesmo Einstein para dizer que estamos a ter provas de que «a estupidez humana é infinita».
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De acordo com algumas interpretações do calendário da antiga civilização Maia o fim do planeta Terra aconteceria no dia 21 de dezembro de 2012.
Apesar destas teorias raramente serem levadas a sério, a NASA e o Governo dos Estados Unidos desmentiram de forma oficial esta possibilidade.
Na sequência de pedidos de informação desesperados, a agência espacial norte-americana esclareceu que neste dia apenas se vai verificar mais um solstício de Inverno.
Também Carlos Fiolhais, físico, professor universitário e ensaísta, afirma à TSF que esta hipótese é descabida.
«As previsões do fim do mundo no dia 21 de dezembro ou outra data qualquer não têm nenhuma base científica. Para o mundo acabar tem que haver uma causa e não está nenhuma causa à vista, nenhum planeta ou meteorito ameaçador se aproxima da terra, não há nada que possa prever uma explosão do sol que nos afete nem há nada que faça prever uma alteração do interior da terra», adianta este professor catedrático da Universidade de Coimbra.
O investigador sublinha que a ideia do choque do planeta Nibiru com a Terra, que alguns acreditam que pode acontecer no 21 dezembro, nasce de medos irracionais que são próprios do ser humano. Carlos Fiolhais considera que é «ridículo» acreditar neste tipo de profecias.
«O Einstein dizia que só há duas coisas infinitas no mundo: o universo e a estupidez humana, e o universo ele acrescentava logo que não tinha a certeza, dando a entender que a estupidez humana é a única coisa verdadeiramente infinita e nós estamos a ter provas continuadas disso», acrescenta.
Sobre o perigo de um meteorito colidir contra o Planeta Azul, Carlos Fiolhais sublinha que os cientistas já conseguem calcular as trajetórias, mas a curto prazo.
«Não existe nenhum meteorito grande em rota de colisão com a terra, mas não podemos excluir completamente o choque de um meteorito mais pequeno. Os dinossauros acabaram muito provavelmente devido a um colisão desse tipo, não foi um corpo do tamanho da terra, mas um um corpo de um tamanho grande que deixou uma cratera substancial», adianta.
Então o fim do mundo pode mesmo acontecer? «É uma coisa extremamente improvável e não está à vista», responde o cientista.
Carlos Fiolhais lembra que «vivemos num pequeno planeta perto do sol, onde as coisas têm decorrido pacificamente há cerca de cinco mil milhões de anos. As pessoas podem estar tranquilas. A nossa atmosfera protege-nos de colisões maiores.»
Não há por isso motivos para alarme. No dia 21 de Dezembro o mundo vai continuar a existir.