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Devido à greve dos revisores e operadores de bilheteira, foram suprimidas 90% das ligações ferroviárias, até às 6h00. O sindicato, que decretou esta paralisação, fala numa adesão de 95%.
A greve dos revisores e operadores de bilheteira ameaça parar esta segunda-feira a circulação de comboios.
A previsão é avançada pela própria CP, que conta com supressões na maior parte do pais, incluíndo comboios urbanos de Lisboa e Porto, regionais, inter-regionais e ainda alfa-pendular, inter-cidades, e comboios internacionais.
Desde a meia-noite, como adiantou já esta manhã à TSF, Ana Portela, directora de comunicação da CP, já foram suprimidos cerca de 90 por cento dos comboios.
Esta greve foi convocada pelo sindicato ferroviário da revisão comercial itinerante e é justificada pelo facto de não estar ainda em prática o acordo assinado no final de Abril entre a CP e os sindicatos que representam os trabalhadores da empresa.
Ana Portela considerou, no entanto, que esta greve não tem razão de ser uma vez que se aguarda apenas pelo "ok" do Ministério das Finanças.
«A CP entende que, não tendo sido em demasia o tempo que decorreu e considerando os impactos graves que este tipo de perturbações provocam nas populações e na economia nacional, não era a altura ideal para a marcação destas greves. Até porque ainda não houve uma resposta [por parte do Ministério] nem positiva, nem negativa», frisou.
Durante todo o mês de Junho são várias as greves que estão previstas, incluindo dos maquinistas, que vão afectar bastante a circulação de comboios.
A directora de comunicação da CP deu conta na TSF dos vários pré-avisos de greve já recebidos.
«Todos os vários pré-avisos de greve recebidos têm anunciadas greves para todos os feriados, sejam eles nacionais ou municipais», referiu Ana Portela.
Já na próxima sexta-feira, 3 de Junho, os maquinistas vão estar parados entre as 5h00 e as 9h00 nos serviços urbanos de Lisboa e Porto e entre as 17h00 e as 23h00 nos regionais e de longo-curso.