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Um relatório conjunto do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência e da Europol indica que as anfetaminas são uma «droga europeia» em termos de fabrico e consumo.
Embora alguma produção seja feita em pequenos laboratórios artesanais, a maior parte provem de instalações industriais de média e grande dimensão «geridas por criminosos que actuam na Europa e além das suas fronteiras», referem o Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (OEDT) e a Europol num estudo sobre o mercado ilegal de anfetaminas.
É na Holanda e Bélgica que estão os principais centros de produção da substância, com indícios de utilização de equipamento industrial, indica o relatório divulgado. Na Polónia e na Lituânia fabrica-se sobretudo metanfetamina para consumo nos mercados da Escandinávia.
De acordo com o mesmo estudo, a «cocaína dos pobres» é consumida por mais de 12 milhões de pessoas na Europa pelo que que, alertam, não pode ser tratada como uma droga secundária. «Cerca de 12,5 milhões de europeus consumiram anfetaminas durante a sua vida e dois milhões fizeram-no no último ano», refere o relatório do OEDT e Europol.
Em países como a Finlândia e a Suécia, os consumidores de anfetaminas são uma componente importante do problema da toxicodependência, notam, sugerindo que, por ser mais barata, a «cocaína dos pobres» pode cativar mais utilizadores em tempos de recessão económica.