No primeiro Dia Mundial da Rádio, a TSF conta a história de uma rádio que deu voz à guerrilha em El Salvador, transmitindo na clandestinidade. Durante toda a década de 80, a "Rádio Venceremos" foi alvo de ataques armados, mas manteve-se como bastião da resistência.
Corpo do artigo
Esta emissora clandestina deu voz, durante onze anos, aos revoltosos na guerra civil de El Salvador, um pequeno país da América Central.
A "Rádio Venceremos" foi criada com a intenção de informar os salvadorenhos, mas também a comunidade internacional sobre os desenvolvimentos da guerra civil (1980-1991) e foi a voz oficial da Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional(FMLN).
Fundada a 10 de Janeiro de 1981 pelo jornalista venezuelano, Carlos Henríquez Consalvi, a "Rádio Venceremos" deu voz a quem não a tinha, contou os mortos da guerra civil e ajudou a transformar El Salvador num país democrático, abrindo caminho a eleições.
O centro de transmissão da rádio, na pequena localidade de Perquín, nas montanhas de Morazán, foi alvo de constantes ataques das forças armadas de El Salvador, mas manteve-se como bastião da resistência.
Apesar de ter visto morrer muitos companheiros, Carlos Henríquez Consalvi, entrevistado pela jornalista Raquel de Melo Pereira, diz que, com a rádio, foi o povo salvadorenho que venceu.