
Vespa asiática (vespa velutina)
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Na próxima semana, os apicultores nacionais vão reunir-se para discutir a praga da vespa velutina que, principalmente no norte do país, continua a destruir colmeias e a matar abelhas.
A estratégia das vespas asiáticas é simples: paciência. Ficam em pequenos grupos sobre as colmeias e esperam durante horas até que uma abelha arrisque sair. Aí, a vespa velutina persegue, ataca, desmembra e mata a abelha. Depois, volta à vigia e às abelhas só restam duas hipóteses: ou saem da colmeia num voo suicida ou ficam lá dentro, até morrerem todas.
A vespa velutina é uma espécie predadora que veio da Ásia. Chegou a França por volta de 2004, depois Espanha e os primeiros relatos da chegada a Portugal são de 2011.
A ameaça tem estado concentrada principalmente no norte do país, mas as associações de apicultores dizem que há risco de se espalhar por todo o país.
A Federação Nacional dos Apicultores de Portugal (FNAP), não quer entrar em alarmismos, mas está preocupada. Por isso, decidiu reunir sócios de todo o país, no dia 25, com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e a Direção Geral de Veterinária.
Manuel Gonçalves, presidente da federação, diz que compete a essas entidades esclarecer e por fim ao receio dos associados.
Já Miguel Maia, técnico da Associação Apícola do Minho (APIMIL), garante à TSF que a vespa está a espalhar-se por Portugal.
Contactada pela TSF, Maria José Castela, responsável da Divisão de Alimentação e Veterinária de Viana do Castelo, sublinha que esta vespa não levanta qualquer perigo para as pessoas, mas apenas para as abelhas.
Admite que estão a surgir mais avistamentos em vários sítios do país. Já soube de casos antigos em Braga, no Porto e Vila Real. Os mais recentes apareceram em Santarém e Coimbra.
Em Viana do Castelo, onde a vespa apareceu pela primeira vez, Maria José Castela garante que o animal está controlado.