A Autoridade para as Condições do Trabalho diz que é preciso esclarecer todas as dúvidas sobre o amianto na sede da Direcção-Geral de Energia e Geologia.
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A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) pediu um novo relatório ao amianto na sede da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).
Um relatório de 2012 detetou este material cancerígeno nas divisórias de todos os pisos, mas o Governo tem dito que o risco é baixo pois não se detetaram fibras de amianto nas poeiras.
Por «precaução» a secretaria de Estado da Energia decidiu, contudo, mudar a sede da DGEG para outro local depois de uma carta assinada por 70 trabalhadores que denunciavam 19 casos de cancro. A mudança de instalações deve acontecer em meados de abril.
À TSF, o inspetor-geral do trabalho explica, no entanto, que é preciso tirar todas as dúvidas. Pedro Pimenta Braz refere ainda que, sabendo-se da existência de amianto, é necessário fazer um rastreio à saúde dos trabalhadores.
Em resposta escrita à TSF, o gabinete do secretário de Estado da Energia acrescenta que foram pedidas orientações à ACT sobre o que se deve fazer com a vigilância médica preventiva de quem trabalha neste edifício.
O relatório de 2012 detetou amianto nas divisórias de todos os pisos e na cobertura, mas a secretaria de Estado reafirma à TSF que o risco é «infimo» até porque não se detetaram vestígios de fibra de amianto nas análises à poeira.
Para evitar dúvidas, o inspetor-geral do trabalho diz que é preciso fazer outro relatório e foi isso que a ACT pediu à DGEG na ação inspectiva que continua a decorrer.
Pedro Pimenta Braz refere que é necessário saber ao certo os riscos motivados pela presença do amianto pois o relatório de 2012 pode estar desatualizado e teve recomendações que «não foram cumpridas».
O inspetor-geral do trabalho acrescenta que é preciso avaliar o estado do mianto, se houve degradação, até para «deixar, ou não, os trabalhadores mais descansados».