
Cimenteira
A Comissão Contra a Co-incineração na cimenteira de Souselas acusa a Cimpor de ter omitido a verdade. Em Novembro do ano passado, a cimenteira anunciou que desistia da Avaliação de Impacte Ambiental que iria apreciar o estudo de impacte ambiental que a empresa tinha encomendado.
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Castanheira Barros, o advogado da comissão, diz que a cimenteira cancelou o estudo porque sabia que o resultado ia ser negativo.
Sendo uma das proponentes do processo que culmina na validação ou não da co-incineração, a Cimpor deu o dito pelo não dito e terminou com o processo a meio fazendo crer que desistia devido a uma decisão judicial já que, na mesma altura em que anunciava que abria mão da avaliação, o Supremo Tribunal Administrativo emitiu um acórdão que permitia o início da co-incineração em Souselas
Castanheira de Barros defende que a cimenteira não contou toda a verdade porque esta lhe era inconveniente.
«A Cimpor sabia que o seu estudo de impacto ambiental tinha sido chumbado, por isso, antes do resultado ser divulgado publicamente, desistiu do processo de impacto ambiental fazendo crer que isso se devia ao acórdão do tribunal que lhes foi favorável», denuncia o advogado.
«Pelo menos no plano ético, a Cimpor deveria ter prosseguido na avaliação do impacto ambiental para se saber se Souselas era ou não um sítio adequado para a co-incineração de resíduos perigosos», acrescentou Castanheira de Barros.
Entretanto, em Souselas, a co-incineração voltou este mês a ser novamente suspensa., depois do advogado Castanheira de Barros ter feito uma nova providência cautelar contra o processo .